VÍTIMA DE SI MESMO
- Andréia Kleinhans
- 25 de jan. de 2016
- 1 min de leitura

Entre tantas distorções descritas por Aaron Beck, a vitimização é uma delas. Considerada um pensamento automático, porque é rápido, familiar, e alto grau de convencimento. Pensamentos interferem em nossos comportamentos. Sentir-se vítima de uma situação, de um evento ou de pessoas poderá abalar e perturbar a sua paz interior.
Tal distorção ou óculos negativos, geralmente envolve colocar a culpa nos outros, e esquecer-se das escolhas feitas, dos caminhos que foram traçados. Quando pensamentos de vitimização ocorrem, é comum dizermos: “ Fiz tudo por ele e não sou reconhecida”, “ Tudo acontece comigo”, “ Sou assim porque minha mãe era superprotetora”, “ A culpa é dele (a)”.
Sabemos que fatos ruins e traumáticos ocorrem em nossas vidas. São eventos reais, acompanhados de grande sofrimento, entretanto, para cada evento negativo que possa ter ocorrido, há também possibilidades e caminhos alternativos de cura, reconstrução e de permitirmos novos significados.
A vitimização ao contrário, bloqueia essa possibilidade. Você provavelmente não irá buscar ajuda se achar que o outro é culpado pelo ocorrido. Provavelmente, irá fechar-se em sua dor. Você poderá negar que algo ruim ocorreu e, esconder a memória em uma gaveta emocional bem trancada com chaves que provavelmente jogou fora.
Entender que fatos horríveis ocorrem, faz parte do amadurecimento. Solicitar ajuda faz parte da aprendizagem inteligente para a busca do equilíbrio.
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