PENSAMENTO TUDO-OU-NADA
- ANDREIA KLEINHANS.
- 18 de jan. de 2016
- 2 min de leitura

Pensamento tudo-ou-nada. Já aprendemos sobre duas importantes distorções de pensamento. A saber: Pensamento Imperativo e desqualificando o positivo. O primeiro, nós fazemos quando queremos, e as vezes, de forma inconsciente, estabelecer uma norma para os eventos. Ou seja, são pensamentos de ‘ordem’ e ‘mando’, como: “ as coisas não deveriam ser assim”, ou ainda, “Ele não poderia agir assim”, “a vida não pode fazer isso comigo”.
O segundo pensamento ocorre quando desqualifico algo de bom em minha vida, nas situações ou no outro. Acontece com frequência por exemplo, quando alguém nos faz um elogio e, simplesmente o desqualificamos. Também pode ocorrer quando temos um bom resultado em um teste, mas desvalorizamos por pensar que as outras pessoas também foram bem e, por isso, o teste estava fácil.
Aaron Beck, desenvolveu a terapia cognitiva para entendermos melhor como os pensamentos, quando disfuncionais, nos levam a um estado de desequilíbrio emocional e sofrimento. Todos nós temos pensamentos automáticos e disfuncionais, sem exceção. Um outro pensamento altamente sabotador foi chamado de pensamento dicotômico ou pensamento tudo-ou-nada, ele ocorre com mais frequência em nosso dia a dia do que gostaríamos de admitir. São recorrentes em diversos transtornos, e com bastante intensidade nos transtornos depressivos e ansiosos.
Pensamento tudo-ou-nada demonstra um sistema cognitivo inflexível uma vez que, o indivíduo pensa em extremos, ou tudo sai da maneira como ele deseja ou nada faz sentido para ele. Os pacientes, normalmente relatam em terapia sobre o comportamento das pessoas próximas e comentam “ Meu pai é muito cabeça dura, é muito oito ou oitenta”. Um problema do pensamento tudo-ou-nada é que reduz o limiar de frustração de quem o faz, qualquer evento, por menor que seja, causa grande sofrimento já que a interpretação é extrema.
Observa-se com frequência em conflitos de relacionamento. Se o indivíduo estiver pensando de maneira dicotômica irá se ofender com o menor gesto que esteja em desacordo, dessa forma, um erro, um comentário ou qualquer desagrado toma uma proporção elevada.
Quando estamos sob o comando de pensamento dicotômico temos maior dificuldade para perdoar, é como se achássemos que outro deveria ser perfeito, e sabemos que perfeição é uma exigência tóxica. Falaremos dela em outro post.
Para todos os pensamentos disfuncionais precisamos usar a análise lógica, a avaliação cuidadosa e principalmente não emitir julgamentos quaisquer que sejam!
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