DESVALORIZAR O QUE É POSITIVO

Você já observou o quanto tem desqualificado o que é positivo em sua vida? De fato, desvalorizar ou desqualificar elementos positivos é como avaliar negativamente. Você identifica algo e atribui uma nota baixa. Mas porque isso é ruim? Bem, a resposta não é tão simples. Como já vimos, os nossos pensamentos são automáticos, isso é, ligam em nossas cabeças instantaneamente, sem esforço, são altamente eficazes em nos convencer, porque são extremamente familiares, já que são construções do nosso próprio sistema cognitivo. O fato é que, com tais características, o pensamento automático nos apresenta essa possibilidade: desqualificamos elementos positivos da nossa personalidade. Além disso, tendemos a perceber mais os aspectos negativos nos outros e nas situações.

São pensamentos disfuncionais, uma vez que a desqualificação do positivo te coloca imediatamente em uma posição de comparação negativa consigo próprio e com a vida.

Desqualificamos o positivo em diversas situações. Um exemplo pode ser dado quando você realiza em seu trabalho várias tarefas, mas uma delas não dá certo, e imediatamente você fica irritado e tem a sensação que nada saiu como você queria. Ou ainda, você passa um dia ótimo com seu amigo, mas um comentário mal colocado lhe faz ficar com muita raiva. Se avaliarmos bem, perceberemos o quanto desqualificar o positivo, poderá trazer dificuldades e problemas para nossas vidas.

Quando estamos sob o domínio de pensamentos como esses, somos mais críticos, perfeccionistas e passamos a filtrar os fatos ruins das situações. A medida em que desqualificamos, é como se estivéssemos sempre em débito, pois, nada é tão bonito, aceitável ou valorizado. Em situações como essa, nos sentiremos realmente tristes, já que na balança sempre o negativo pesará mais.

Pequenos exercícios de valorização, olhar atento e justo para os pontos positivos em nossa personalidade e na do outro. Avaliação cuidadosa e realista sobre as nossas qualidades e dificuldades poderão ajudar-nos a não entrar na armadilha desse pensamento automático.

Observe cuidadosamente e pratique a generosidade justa consigo e com o outro, uma forma eficaz e delicada de construirmos um caminho para nos sentirmos bem. Nem mais, nem menos, apenas como somos: seres em construção.